23.12.08

Os gritos espocados, o andar sinuoso das moças, o pigarro dos velhos, as corridas marotas das crianças por entre as bancas dos feirantes, o zanzar inquietantes das moscas, o transitar aveludado dos cães, a agilidade nos gestos das vendedoras de rede, também o cheiro das frutas frescas, da leitoa assada na brasa, do pirão de leite, o odor palatável da garapa de cana-de-açúcar, o balançar das tendas improvisadas ao sabor do vento sob a sombra materna do velho Tamboril, nada mais disso vingava. Tudo havia cessado, parado por completo. A feira havia acabado. O mercado central virava um cemitério.

Nenhum comentário: