28.2.09

UMA FOFUCHA!!!!!!!!

ESSA É A TEREZINHA, MINHA MAIS NOVA ORKUTEIRA

FOGUETES SOBRE GAZA DE NOVO

fOTO: folha.

AH, COMO É BOM!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

MINHA LÍNGUA É MINHA PÁTRIA - Fernando Pessoa

Parte de uma faixa exibida na Ecoescola - Pedro II - PI


“A escola é o espaço privilegiado para desenvolvimento da integração social, cultural e profissional das crianças e jovens (…). Assegurar uma integração eficaz e de qualidade é um dever do Estado e da Escola.” Ministério da Educação – DGIDC Português Língua Não Materna no Currículo Nacional


A CULPA É TODA DO PLACODERMO




A foto aí de cima é do Placodermo, peixe que teria iniciado a ato de ... fazer amor há milhões de anos. Portanto, a culpa é toda dele. Adão e Eva apenas seguiram o impulso desse peixinho encontrado por cientistas (esses incansáveis destruidores de sonhos, rs). Pronto, aliviemo-nos da culpa do pecado original. O Placodermo foi o desviante que primeiro copulou com uma fêmea, internamente, secretamente diante muito provavelmente dos olhos arregalados de Deus! Como diria essa moçada de hoje, o placodermo é o cara!!!!!!!

FILHO DO PAI

Somos todos igualmente filhos do Pai.
O pai falo-á sempre em nós.
Amém.

25.2.09

FILME

Eu cato besouros verdes
Kato cata Bruce Lee
A menina de olhos verdes veste uma calça Lee
E ao mesmo tempo lê este poema

O poema teima em não ser da menina
Nem sobre a menina
Nem que sobre a menina
Nem a menina
Nem

Besouros verdes também voam
Logo a cor não interfere em sua aerodinâmica
A menina de olhos verdes captura com o olhar os besouros verdes
Que se refletem em seus olhos igualmente verdes
Enquanto se precipitam em queda livre
Sobre a menina que não há

Cato os olhos verdes da menina
Que esperam os besouros em queda verde
Logo verde é uma das variantes do vôo cego dos besouros
Isto é, interferem na aerodinâmica do vôo livre, sim
Porque preso aos olhos da menina verde
Bruce Lee desfere golpes de karatê
Sobre as asas dos besouros
Na verde paisagem ausente dos olhos da menina
Que não há

O LADO QUE FALTA DA LUA

um dragão chinês
num papel de chiclete
bebe a luz
que vaza da foice lunar

fria, a lua
também dita luna
também dita loba
também dita mulher

um dragão chinês
num papel de chiclete xadrez
toma para si
o silêncio pegajoso do astro poroso
e dorme embrulhado nele
enquanto estrelas o espreitam
de longe desde a garganta silenciosa
e negra do cosmo

KAOS

eu canto a cidade
de qualquer canto da cidade
eu ouço o silêncio pegajoso no desespero dos conflitos

sonhos marginalizados
flashes fétidos a pipocar por suas cloacas


eu canto a cidade
feito um cão solitário
e em meu latido pálido
carrego as mágoas dos depauperados
nesse canto seco e sujo
nesse lócus estéril e profundo
meu grito é lâmina atroz, volátil

eu encanto a cidade
acesa nos corpos das meretrizes
no ronco dos bêbados com suas esquisitices
nos olhos esbugalhados dos viciados

eu moro na cidade
eu morro na cidade
e meus restos se confundem com o que de resto sobrou
da pulverização total dos dramas
no silêncio visceral das alcovas sangrentas das damas
na mutilação genital dos conceitos

mas às vezes, por questão de sobrevivência,
me calo com a cidade
e fico quieto
e engulo a saliva no ruminar perplexo do engasgo

AO AMIGO MORTO

Para Manu (Manuel Veras).

ontem era a brisa mansa
a beijar-lhe os cabelos macios,
a voz firme a sair-lhe da alma,
o brilho profundo do olhar...
ontem era o acalanto de braços abertos,
o beijo quente do lábio ardoroso.
o carinho a minar-lhe os dedos.
ontem era o passo firme
a caligrafia firme,
o sim e o não professados com veemência...
ontem era a mente no comando de tudo,
de cada gesto,
na profusão de cheiros, toques, sabores.
hoje a voz é estio
a casa é assombro,
o olhar é perdido,
o lembrar é saudade

incrustado sob a pele silenciosa do planeta
ele segue, como nós, a esmo pela imensidão do nada,
terrivelmente descaroçado de beleza e de carícias

EGOSSISTEMA

no escuro de mim
é que me perco e me acho:
boi cego a ruminar estrelas
vida, meu jogo radical,
nem tanto ao bem,
nem tanto ao mal.
antes eu, de mim mesmo a ferida.

meu corpo, planeta profano,
em trânsito pela galáxia de humanos e máquinas.
eu (perplexo), espelho invertido, convexo
do mundo que me engasga.

meu tempo, o tempo que dura a emoção.
elemento estrábico onde leio remotas notícias de mim.

sangro dentro da noite
num monólogo mudo, terminal,
por entre zonas de sono e silêncio
onde toda verdade é mentira,
onde toda mentira é real

NORDETINAmente

a moça transporta o sol
dentro da água
da bacia
por entre a caatinga.

o mesmo sol – magnífico ditador-
que grita por sobre a paisagem de vidro
erguida contra um céu fractral
de onde querubins marotos
descem só para puxar pelo cabelo dela

CEGANTE

as folhas do livro de poesia
bebem toda a luz
ao lado da fotografia de Jorge Luís Borges
que já não precisa mais dela

URBI ET ORBI

nos nichos urbanos
os seres humanos habitam
e arbitram

MEU POEMA

meu poema dorme em tua pele
menino descalço no teu colo macio
(lugar de águas claras).
meu poema cala-se contigo em tuas noites de frio
quando todos dormem profundamente
e só eu te espio.

INSÔNIA

vozes vazam o ventre da noite,
passos nas ruas do teu coração
(de) lírios brancos brotam ao luar

do outro lado do espelho
teu corpo (estranho objeto) pondera.
o canto do galo decreta teu outro mundo solar

MADE IN JAPAN

os japoneses
sonham de olhos abertos
e nos mandam sua última sacanagem eletrônica
favor ler na parte de baixo da embalagem:
“do not open your eyes yet!"

ATÔMICO

rasga-se uma nesga escarlate
num céu germinal
e o sinal luminoso
r
o
m
p
e

pétalas humanas com a determinação de um carrasco

O POETA

sou a meretriz faceira,
a atriz,
a freira,
a feira por onde transitam homens e cães

O TREM

sonho dourado
beijando o horizonte
que a tarde compôs só para ele

elogio é bommmmmmmmmmmmmmm!!!! PUBLICADO NO BLOG DO NOBLAT

SOBRE MEU POEMA EGOSSISTEMA




Nome: Carlos Prudente Leite - 19/2/2009 - 1:17
Bravo! Bravo! ROSEHR!
"No escuro de mim é que me perco e me acho".
No claro de você, se não foi plágio, foi simplesmente um desabafo... Vamos sonhai comigo, o menor de meus sonhos. Não exijo pagamento, só concordância.
Belo poema, nota dez, com louvor.

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Nome: maria helena rubinato rodrigues de sousa - 19/2/2009 - 1:15
"elemento estrábico onde leio remotas notícias de mim".

Puxa, essa foi na veia!

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Apelido: Rosehr - Email - 19/2/2009 - 0:45
Como diz Carlos Prudente Leite:

Belo poema, nota dez, com louvor.


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Apelido: Lobbo_SC - 18/2/2009 - 23:42
Somos atores, mesmo no espelho. Só não podemos fugir da personagem que revela a essência da alma.

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OUTRO POEMA MEU NA COLUNA DO NOBLAT!!!!

O Louco

o homem à janela
se-pa-ra peixes de escamas douradas.
duas mãos morenas murmuram palavras perdidas.
Um par de olhos – em forma de peixe? –
espia estrelas descansadas ao fundo do alguidar de barro cozido

um sol moribundo

t
o
m
b
a

por detrás da linha do horizonte
num céu noturno
ébrios deuses atiram-se gemas de luz

Ernani Getirana de Lima é leitor do blog do Noblat. Nasceu no Piauí, é Professor, poeta, escritor, autor de "Lendas da cidade de Pedro II", e "Estripulias de Rosa Doida", dentre outros.Quando na universidade ganhou vários concursos de poesias.

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COMENTÁRIOS:

Nome: maria helena rubinato rodrigues de sousa - 24/2/2009 - 23:27
"espia estrelas descansadas ao fundo do alguidar de barro cozido"

Que lindo verso, Ernani. Noutro dia eu disse que você ainda nos devia mais, e foi o que hoje você nos trouxe.

Estou gostando cada vez mais do Corujão. Os poetas têm a maior dificuldade em se fazer conhecer, não é? Essa oportunidade que o Noblat lhes dá e que o João Luiz administra muito bem, é de primeira grandeza.

Sei como é difícil lidar com Cultura neste país. Por isso fico grata ao Noblat, ao João Luiz e turma do Corujão, mas sobretudo aos poetas que enfrentam com galhardia tão distinta platéia.

Qualquer dia crio coragem e vou ao Corujão da Poesia ouvir mais lindos versos.






Nome: Ernâni Getirana de Lima - Email - 25/2/2009 - 15:27


Meu caro João Luiz de Souza, a quem não conheço, veja em que sinuca vc foi se meter: postar dois poeminhas de um poeta desconhecido, um após o outro, num blog desse peso! Nós, os tolos que fazemos poesia (segundo o Celso Silveira com o belo poema que eu já cohecia e que não é dele). Puxa, cabia aí um Drummond e olha que não sou nacionalista. Fico feliz por haver correspondido às expectativas da Maria Helena Rubinato e haver causado um momento de poesia em todos (rs). O fato também do poema ter ficado 'sobre' a foto do cometa foi um achado. Rs. Realmente nada se compara a uma árvore, meu caro Celso. Mas é preciso escrever um poema para dizer isso.

ERNÂNI GETIRANA DE LIMA - Pedro II PI - A Terra da Opala. ernani_lima@ig.com.br

AVE!!!!! CANSADÍSSIMO APÓS RESPONDER A EMAILS DOS FÃS!!!!!!

SOBRINHADA COM CUNHADA

Ô toizas lindas!!!!!!!!!!!!!!!

NO CÍRCULO DE MEGABITES

HÁ UM CASTELO PRÓXIMO À MINHA CASA

24.2.09

VAMPIRADO

CONTROLE REMOTO PRA DESCONTROLE RIMADO

LUA ALTA SOBRE A CIDADE DE PEDRO II, A TERRA DA OPALA. FEV. 2009

UMA MÃO LEVA A OUTRA AO MAMÃO

UMA Amostrada da coisa toda.

correndo perigo no mar do Maranhão

COMENTÁRIOS SOBRE UM POEMA MEU PUBLICADO NO BLOG DO NOBLAT

Leia os comentários:
poema da noite : Ao poeta - Ernani Getira de Lima
em tuas mãos guerreiras a sentença errante de um sol enjaulado pulsa e tua espada espectral é uma galáxia de versos desferidos contra o oblíquo espaço humano onde o poema – campo de combate cotidiano – trava consigo uma luta corporal na hieroglífica>...
Enviado por João Luiz de Souza, do Corujão dPoesia - 22/2/2009 - 23:30
Exibir comentários.

Nome: Ernâni Getirana de Lima - Email - 24/2/2009 - 13:24
Um amigo me ligou dizendo que meu poema tinha saído nesse blog. Quanta honra a minha! Não estou aqui para defender o poema. Isso não se faz, sei. Eu, poeta desconhecido, confesso: quero minha 'cota de conhecibilidade', sim. Do contrário continuarei desconhecido (risos). Só não quero ser BBB.

Ano passado faleceu o maior poeta piauiense, H Dobal, elogiadíssimo pelo Bandeira (poeta conhecido). Conclusão: o Piauí já é um Estado desconhecido. Nós, os poetas desconhecidos daqui, o somos duplamente.

Não conheço o João Luiz de Souza, mas terei todo prazer em conhecê-lo doravante. Grato a todos os comentaristas. Um abraço desse vosso poeta menos desconhecido agora. (risos).

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Apelido: Antenapoesia - 23/2/2009 - 7:34
Como é bom poder ler POETAS de todo o Brasil neste espaço democrático do POEMA DA NOITE. PIAUÍ. Poemas vindo do Piauí, só mesmo um BLOG notívago como este para nos presentear. Coruja do Piauí, apareça outras vezes, afinal é tão raro sabermos que se anda escrevendo neste país continental. AXÉ!!!

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Nome: Carlos Prudente Leite - 23/2/2009 - 2:09
"O flanco demente
na margem ìgnea de iris perplexas
onde o real e o sonho ga-lo-pam lado alado
Sob o mesmo sol domado"

E na pupila e no globo ocular como um todo, ficam gravadas na retina, a visão estereotipada do devaneio do poeta...
Belo poema, nota dez, com louvor.

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Nome: maria helena rubinato rodrigues de sousa - 23/2/2009 - 0:35
Pois eu não capitulo pois o Corujão nos tem oferecido poetas interessantes, além de nos ter presenteado com uma linda semana Cruz e Souza.
Assim como a Karenina, que ora nos trazia pérolas com muito brilho, outras menos brilhantes. Não se pode ser perfeito diariamente, caso contrério fica tudo nivelado...

O Ernani fica devendo alguma coisa, mas como poeta premiado, ainda veremos falar nele e ele com certeza nos trará outros poemas.

(A imensa curiosidade que dizem ser feminina... quem será nosso colega de blog?).

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Nome: Pedro Curiango - 22/2/2009 - 23:55
Noblat: eu capitulo. Para escolher poetas desconhecidos, é melhor trazer a Karenina de volta...

MINHA AULA DE NÚMERO 76.233, ACHO!!!!