12.8.09

O TRIO: LULLA, SARNEY E COLLOR

05/08/2009
Eliane Cantanhêde (Folha on line)

Lula, que detestava Collor, que odiava Sarney, que apanhou feito condenado de Lula e Collor. Candidato, Collor foi implacável, até cruel, contra o então presidente Sarney. Na oposição, Sarney aguardou a primeira esquina para tirar a revanche e foi o primeiro líder nacional a apoiar explicitamente o impeachment do já presidente Collor, seu algoz. Mas isso é coisa do passado...

Hoje, Lula e Collor viajam juntos e tramam juntos em palácio para salvar José Sarney no cargo de presidente do Senado. Quem se odiava agora se ama. Inimigos viraram íntimos amigos. Um trio de ouro. Ou de armas.

Nada, evidentemente, é por acaso. Lula precisa de Collor para aniquilar a CPI da Petrobras, já que a bancada do PT, manipulada e fragilizada pelo Planalto, não está dando para o gasto. E Lula precisa também de Sarney para garantir algum controle sobre o Senado e manter o PMDB fiel, a qualquer custo, à candidatura Dilma em 2010.

Sarney agarrou-se a Lula e a Collor por motivos óbvios: de "firmíssimo" (como disse na volta do recesso), ele não tem nada. Fragilíssimo, precisa de Lula como do ar para viver e precisa de Collor para a tropa de choque do plenário contra a oposição (oposição a ele, não apenas ao governo).

E Collor? Ele ressurge vigoroso, com um discurso inflamado, no mesmo estilo "bateu, levou" e aproveitando bem esse trampolim, que é a crise. Crise é o seu ambiente, ele sabe como é. Quanto mais crise, melhor para Collor. É o meio de voltar à luz, ao debate, ao palco nacional. Pelas mãos de Lula e Sarney, quem diria?

Na guerra que o país assiste ao vivo e em cores no plenário do Senado (nos bastidores, nem tudo o que parece é...), temos a tropa de choque de Sarney de um lado, com Collor, Renan Calheiros e Wellington Salgado, aquele neo-político da cabeleira. Do outro, Pedro Simon, Jarbas Vasconcelos, Cristovam Buarque na ofensiva pela renúncia. No meio, pedindo inutilmente bom senso, Sérgio Guerra. E, como alvo direto dos sarneysistas, Arthur Virgílio, com contas a pagar (ou já pagas, como diz) com Agaciel Maia.

A situação está no seguinte pé: o Senado é uma terra de ninguém, uma terra arrasada, onde nada que se plante dá. O Planalto monitorando a situação, com Lula agora agindo mais do que falando. A oposição, como sempre, mais perdida do que barata tonta.

E, enquanto isso, fica uma pergunta no ar: por que raios Lula se esgoela tanto contra a CPI da Petrobras, se quer tirar dela 80% da rentabilidade do pré-sal? Eu, hein! Fica parecendo que a defesa ferrenha não é exatamente da Petrobras. É do seu governo e da candidatura Dilma. Ou seja: dele mesmo, Lula. O presidente se jogou no centro da fogueira.

LIVRO "LENDAS DA CIDADE DE PEDRO II" - 3ª EDIÇÃO DE LUXO. EM BREVE. GARANTA LOGO O SEU EXEMPLAR.

11.8.09

MUNICÍPIO DE PEDRO II - PI, A TERRA DA OPALA, 155 ANOS


Mais de um século e meio. Muito tempo para umas coisas, pouquíssimo para outras. O que não podemos abrir mão é de continuar pensando Pedro II, nossa referência nesse mundo de meu Deus.


LIVRO "LENDAS DA CIDADE DE PEDRO II" - 3ª EDIÇÃO DE LUXO. EM BREVE. GARANTA LOGO O SEU EXEMPLAR.

10.8.09

9.8.09

DIVULGAÇÃO: RELEASE DO LIVRO "LENDAS DA CIDADE DE PEDRO II"


Lendas da cidade de Pedro II”, uma opção de leitura inteligente

Um galo sozinho não tece a manhã.
João Cabral de Melo Neto

Chega às livrarias a 3ª edição (revista e ampliada) do livro Lendas da Cidade de Pedro II, do Já conhecido escritor e pesquisador pedrossegundense, Ernâni Getirana. Lendas da Cidade de Pedro II reúne nove histórias reveladoras do mito fundante da cidade citada. São histórias engendradas na tradição do cotidiano do povo de Pedro II, vigorante de suas superstições, medos e assombrações como as lendas de quaisquer lugares. O livro ainda traz um pequeno texto intitulado “O que são lendas?”, mapas, bandeira, hino, e três poemas do autor relacionados ao município, também conhecido como “Terra da Opala”.
As origens das lendas referem-se à origem do homem porque são inerentes à condição humana e por isso revigoram as memórias coletivas dos grupos humanos. Segundo o pesquisador, Jean-Piere Bayard, “a lenda, transformada pela tradição, é o produto inconsciente da imaginação popular. Desta forma o herói sujeito a dados históricos, reflete os anseios de um grupo ou de um povo; sua conduta depõe a favor de uma ação ou de uma ideia cujo objetivo é arrastar outros indivíduos para o mesmo caminho.” Desta forma podemos dizer que, pela maneira desprendida e leve de narrar de Getirana, seu livro arrasta o leitor para o tempo remoto das ruelas de Itamaraty (um dos nomes antigos da cidade de Pedro II) e se faz perene na sensibilidade do leitor de hoje, ao conhecer as mazelas das desilusões nos martírios encantados de um “Cavaleiro Solitário” ou na divagação eterna da noiva preterida em “A Comedora de Miolo de Criança”.
Narrativas tristes, mas encantadoras porque contadas com lapidação na linguagem sem artificialidade pueril, cuidadosa, clara, vestida de uma astuta sedução. O livro traz também zelosa e equilibrada ilustração do afamado artista plástico e empresário da educação, o pedrossegundense Jackson Cristiano. Uma parceria que deu certo. Talvez por isso crianças e adolescentes, também leitoras de Rosa Doida – livro infanto-juvenil de Getirana - e leitores adultos venham cobrando do autor, pelas ruas de Pedro II e em eventos em Teresina, a publicação de seus escritos. Para este ano, Getirana nos promete a publicação de outros livros já prontos.
Enquanto isso, teremos o prazer de fruir os cantos dos galos que intimidam os Chora-Chora que vagueavam após a meia noite ao redor do Tamboril, quando a cidade mergulhava na escuridão; ou de nos deleitarmos com a história do monstro cobra Sucuruju comedora de feijoada que só não tragava aqueles que nadassem nas águas da barragem com uma pimenta de cheiro entre os dentes. Tessituras de vozes, intercambiadas pela aceitação do povo-personagem. É assim Lendas da Cidade de Pedro II.
De resto, é entender que se quisermos valorizar a memória cultural de um lugar, é preciso valorizar costumes e hábitos do povo, patrimônio imaterial ainda subestimado em nossa sociedade contemporânea mesmo com os propagados discursos oficiais e para além das vozes intimidadoras que torcem o nariz para a produção local. É preciso compreender o movimento de revigoramento da literatura piauiense, enriquecendo-se de produções de escritores como Ernâni Getirana. Vamos à leitura, pois ler faz bem.






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DAVID LUCA MANDANDO UM "FELIZ DIA DOS PAIS"


Reparem já no charme do rapazinho. É de família.


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DAVID COM O PAI DELE, MARCELO. VÃO ENCARAR????


9 de agosto de 2009: dia dos pais.
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