7.4.10

ENQUANTO ISSO, NO RIO DE JANEIRO ...



                                                               Do Blog do Noblat

VISITE A "TENDA DA CRUVIANA" DURANTE O FESTIVAL DE INVERNO DE PEDRO II - JUNHO DE 2010.

É tempo de amar na Tenda da Cruviana.

 Musa, menina
Moça mulher
Olhar que me seduz
Bocas que se perdem
Abafando a respiração.


(Horácio Lima é filho
da terra, radicado em

SP primo do Ernâni)

VISITE A "TENDA DA CRUVIANA" DURANTE O FESTIVAL DE INVERNO DE PEDRO II - JUNHO DE 2010.

6.4.10

JOANA, RENATTA E LUANA, ALGUMAS DAS GAROTAS "TENDA DA CRUVIANA"

Renata






Joana


VISITE A "TENDA DA CRUVIANA" DURANTE O FESTIVAL DE INVERNO DE PEDRO II - 2010.

A IGREJA E A MÍDIA Entre o silêncio e o crime Por Alberto Dines em 6/4/2010



O Vaticano está desnorteado. Como Estado e como religião. A inédita situação ficou visível na Sexta-Feira Santa, quando o reverendo Raniero Cantalamessa – pregador da Casa Papal há 30 anos – comparou as críticas mundiais à hierarquia católica com as acusações e calúnias que sofreram os judeus durante séculos.
"O uso de estereótipos, a passagem da culpa e responsabilidade pessoal para a culpa coletiva lembram os aspectos mais vergonhosos do anti-semitismo", disse o pregador. Horas depois ele foi desautorizado pelo porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi.
Intelectual de alto nível, o sacerdote franciscano Cantalamessa serviu-se de uma metáfora no mínimo insultuosa: ao longo de mais de um milênio as acusações aos judeus de praticarem assassinatos rituais (justamente na época do Pessach sempre próximo da Páscoa cristã) partiram de delirantes pregadores que percorriam a Europa clamando por castigos para os assassinos de Cristo. Impossível registrar o número depogroms, chacinas, linchamentos, violações e expulsões que se seguiram às desvairadas prédicas.
Uma coisa é certa: o preconceito cristão anti-semita solidificou-se e tornou-se institucional. Sobre ele erigiram-se nos séculos 15 e 16 as inquisições ibéricas e, no fim do 19, o anti-semitismo nacionalista e "científico" do qual o nazismo é o fruto mais sanguinário.
Jogo políticoO reverendo Cantalamessa, não obstante os atributos intelectuais e espirituais, pecou: mentiu, caluniou, tentou subverter a história imaginando que com isso barraria a onda de críticas contra a tibieza da hierarquia católica diante dos abusos praticados por sacerdotes.
Foi um ato desesperado de um Estado que, de repente, se sente sitiado e vê-se obrigado a apelar para a religião que o sustenta. Desvendou a grande contradição que a ambos fragiliza. Religiões veneram monumentos sagrados, mas transcendem o espaço e o tempo; os mandamentos da fé não podem impor-se à legalidade dos Estados onde é praticada.
A omissão da hierarquia católica diante da avassaladora onda de abusos sexuais partiu de uma premissa enganosa que as Concordatas do Vaticano com países católicos – inclusive o Brasil – só aumentaram: as leis canônicas devem reger apenas a comunidade espiritual, os códigos civis regem as relações sociais. Abuso sexual é pecado, mas antes disso é crime e os crimes devem ser punidos mesmo quando praticados porcidadão especiais, os sacerdotes.
O celibato e os votos de castidade têm sido apontados como os principais responsáveis pelos desvios sexuais, pelos casamentos clandestinos de sacerdotes, pelo desestímulo às novas vocações e, sobretudo, pela evasão de religiosos já ordenados.
Esta é uma questão para os teólogos. O que tem garantido a impunidade dos pecadores e criminosos é uma questão política: raros são os Estados rigorosamente seculares. Nos Estados Unidos há um pseudo-secularismo que se mantém apenas como fator de equilíbrio confessional, controlador de eventuais hegemonias. Neste território semi-secular, vagamente laico, a igreja católica impõe os seus parâmetros, seus valores e suas leis. O mesmo acontece na Irlanda e na Alemanha. Nestas circunstâncias, até mesmo a mídia torna-se pseudo-secular, acomodando-se às dubiedades e ao jogo político delas resultantes.
Fanatismo e politizaçãoEsta é a explicação para uma impunidade cínica que estimulou e agigantou a pedofilia. De repente, por casualidade ou causalidade estatística, a revelação e o choque nos dias mais sagrados do cristianismo.
Culpar o papa Bento 16 por esta situação é pérfido. O pontífice João Paulo 2º foi o grande protetor do padre Marcial Maciel, criador da Legião de Cristo. Quem puniu o mexicano e enquadrou publicamente sua entidade foi Bento 16 (ver "A `Legião´ desmorona, ninguém noticia").
A igreja católica enredou-se na sua hegemonia, esta é a verdade. A saída irônica, paradoxal, seria abrir mão dela. O que poderia reverter a atual dinâmica antivaticanista e amenizar o estresse seria a compreensão de que Estados e instituições verdadeiramente seculares – sobretudo a imprensa – são capazes de divulgar com serenidade e punir com severidade os abusos cometidos sob o manto da religião.
Esta não é uma questão que se situa apenas no âmbito teológico ou canônico da igreja católica. Esta é uma questão política capaz de reforçar a espiritualidade das religiões e torná-las menos sujeitas ao fanatismo e à politização.
Martinho Lutero surgiu e fortaleceu-se no meio de um terremoto de idêntica dimensão

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NÃO VEJO A HORA DE AGITAR NA TENDA DA CRUVIANA

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TENDA DA CRUVIANA: JUNHO,EM PEDRO II - PI

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4.4.10

O QUE É CRUVIANA?

CRU . VI . A . NA: é a corruptela de corrupiana ou currubiana. Fenômeno segundo o qual há queda de neblina frígida acompanhada de vento. "Cruviana não se vê, se sente" (José Vieira). "Pôr-do-Sol vermelho é sinal de que a noite vai ter cruviana" (Walcy Vieira). Cruviana é a deusa do vento, mulher do alvorecer. Chuvisco, garoa, vento frio acompanhado de chuva, frio intenso. Na cidade de Pedro II tem cruviana, sim senhor. E, por mim, o festival de inverno se chamaria FESTIVAL DA CRUVIANA. Por enquanto trazemos a TENDA DA CRUVIANA.

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QUE DEUS TENHA PENA DE NÓS !!!!!

                                                                                                               FOTO: Veja

Eis um dos  idiotas ( O cardeal Tarcisio Bertone, Ministro de Estado do Vaticano) que causaram toda a polêmica durante a missa de páscoa ao comparar  "padres assassinos, podófilos e bandidos" aos judeus execrados pela História!!!


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A ESTÉTICA DA CRUVIANA

O título acima não é em nada original. O poeta e compositor gaúcho Vitor Ramil já fez referências a uma certa "estética do frio", com a ressalva evidente e cristalina de que não se trata de restabelecer o velho paradigma entre cultura e clima. Eu, do meu lado de comedor de farinha e carne de bode, de chupador de umbu-cajá e tomador de Serrana, de descansador de rede de linha, de bebedor da água do Piarapora, de apreciador das mulheres da Terra da Opala; eu, cá com meus botões e borbotões de espasmo e espanto, fazedor de promessa à Santa Mari'Alves, e de poemas às meninas da vida; eu tremedor de medo dos velhos coronéis, mas, acima de tudo, tudinho mesmo, acreditador da força e do poder que esse povo dito PEDROSSEGUNDENSE tem, lanço, aqui e agora, a ESTÉTICA DA CRUVIANA.

Dizer ESTÉTICA DA CRUVIANA significa dizermo-nos pedrossegundenses da gema, que é outra forma de dizer que estamos acostumados com essa frialdade do clima, mas não da alma desse povo hospitaleiro, acreditador das coisas lá do céu e, ao mesmo tempo, danado de vivenciador das coisas de cá de baixo, da beira do caldeirão aceso da vida, essa mesma vida vivida na pele mesmo da ferida instalada e estalada no pingo do mei'dia. Esse mesmo povo que poetiza o Pirapora e o Bananeira enquanto os entope de lixo até Deus do céu, Nosso Senhor dizer chega, filhos ingratos!!!. Esse mesmo povo que cospe do prato que lhe serviu de artefato para receber a comida que lhe desceu para o bucho e que depois de algum tempo virará merdamente outra coisa sendo sempre, contudo, a mesma e única coisa de sempre, sem nome, amém. Amem!

A CRUVIANA está instalada sob nossa pele-povo, interconectada ao sistema neural, ela entra pelos orifícios do corpo, pelos nossos gargumilhos, gurgumis, como havera de dizer essa gente toda atordoadinha pelas visagens de outrora do Tamboril, do Largo do Cruzeiro, das bandas do cabaré da Beleza, das bandas do Morro do Gritador, que assim seja. A estética da cruviana é outra forma, outra banda de compreendermos quem somos nós, os ditos pedrossegundenses vindos de não sei onde para lugar algum e que, por isso, inventamos de inventar que a tal cruviana nos pertence como a sede à água, como o fogo à chama.

Cruviana somos nós mesmos quando saímos de nossos corpos e revisitamo-nos de uma forma que não conseguimos expressar. Apenas sentir.


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