4.7.09

PIAUÍ DEVE RETIRAR SÍMBOLO RELIGIOSO DE REPARTIÇÃO PÚBLICA

03/07/2009 - 21:43

O Ministério Público do Piauí solicitou a retirada de símbolos religiosos dos prédios públicos no Estado, atendendo a uma representação feita por 14 entidades da sociedade civil. O promotor Edílson Farias, que está tratando do caso, deve propor um Termo de Ajustamento de Conduta para que os governos municipal, estadual e federal retirem imagens e fechem capelas dentro de edifícios públicos. Caso não façam isso, provavelmente serão alvo de um ação civil, baseada no inciso I do artigo 19 da Constituição, que diz ser proibido ao poder público estabelecer cultos religiosos ou igrejas.

É claro que setores não-progressistas da Igreja Católica no Piauí chiaram na audiência realizada, nesta semana, em Teresina para discutir o assunto.

Com isso, o Piauí - sempre vítima de preconceito - dá, ao resto do país, uma aula de cidadania e de respeito à separação entre Estado e religião.

No início do ano, o presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro Luiz Sveiter mandou retirar os crucifixos que adornavam o prédio e converteu a capela católica em local ecumênico. Ou seja, não fez mais do que se espera de uma autoridade pública em um governo que deveria ser laico, acolhendo todas as crenças e denominações religiosas, mas sem discriminar nenhuma delas.

Mas ele enfrentou contestações tanto por seus colegas desembargadores quanto por parte da sociedade, que defenderam a permanência do crucifixo por motivos religiosos ou por tradição.

Tradição, sabe? Aquela coisa do “Ué! Mas sempre foi assim, por que mudar?”, a que sempre se recorre quando se confronta algo do passado, nem sempre justo, com um argumento racional.

É necessário que se retirem adornos e referência religiosas de edifícios públicos, como o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional. Não é porque o país tem uma maioria de católicos que espíritas, judeus, muçulmanos, enfim, minorias, precisem engolir um símbolo cristão. Além disso, as denominações cristãs são parte interessada em várias polêmicas judiciais – de pesquisas com célula-tronco ao direito ao aborto. Se esses elementos estão escancaradamente presentes nos locais onde são tomadas as decisões sem que ninguém se mexa para retirá-las, como garantir que as decisões serão isentas?

Por fim, o Estado deve garantir que todas as religiões tenham liberdade para exercer seus cultos. Mas não pode se envolver, positiva ou negativamente, em nenhuma delas. Estado é estado. Religião é religião.

É simbólico. E, por isso, imprescindível.

(Blog do Sakamoto)


Livros para breve: Cegante e Debaixo da Figueira do Meu Avô.

A DANÇA DA CADEIRA (presidencial)


Reparem na cara de bolacha do mercadante, no sorriso idiota da Ideli Salvati, na cara de marido traído do Suplicy. Os dois da esquerda vocês já conhecem.


Existe um problema envolvendo aquela imponente cadeira azul de couro, desenhada pelo arquiteto Oscar Niemeyer e um dos símbolos maiores do poder da democracia - e não é ergonômico. José Sarney e os nela fritados Renan Calheiros, Jader Barbalho e ACM têm uma característica essencial em comum. Todos são oriundos de poderosas oligarquias políticas do Norte e Nordeste, acostumadas a apoiar o governo de plantão, seja ele qual for. Essa simbiose alimenta a liderança política regional e, em contrapartida, garante estabilidade ao governo no Congresso. Sarney, Renan, Jader e ACM apoiaram todos os governos desde a redemocratização, em 1985. A única exceção, mesmo assim temporária, foi o senador ACM, que tentou aproximar-se de Lula, mas foi rejeitado por divergências históricas com o PT - quando o PT, é claro, ainda tinha divergências históricas. O problema é que tal sociedade de interesses políticos é mantida à custa da indicação de milhares de pessoas para ocupar cargos na administração federal e da distribuição nem sempre republicana de bilhões de reais em verbas do Orçamento da União. Traduzindo: usa-se dinheiro público, o nosso dinheiro, literalmente como moeda de estabilidade. É nesse ambiente que florescem o clientelismo, o fisiologismo, o nepotismo e a corrupção - as antigas más práticas que estão na raiz da recente crise do Congresso. (Revista Veja, Edição 2120 / 8 de julho de 2009).




Livros para breve: Cegante e Debaixo da Figueira do Meu Avô.

3.7.09

TENHA MODOS, MOÇA !!!!!!!!!!!!!!!!!!!


Livros para breve: Cegante e Debaixo da Figueira do Meu Avô.

Quanto custa a brincadeira




03/07/2009 - 08:00
(Cláudio Abramo)

Como se o comportamento dos políticos brasileiros já não fosse suficiente para esgarçar a paciência de todos os Budas de pedra do Nepal, ainda por cima eles custam os olhos da cara.

Em 2007, a Transparência Brasil mostrou que os Orçamentos do Senado e da Câmara dos Deputados são os mais elevados do mundo civilizado em termos do quanto pesam no bolso do contribuinte. As Assembleias Legislativas e as Câmaras de Vereadores das capitais não ficam muito atrás. Ver os relatórios correspondentes aqui e aqui. Ver também como esses orçamentos evoluíram entre 2007 e 2008 e entre 2008 e 2009.

Aqueles estudos foram feitos em cima dos orçamentos totais das diversas Casas analisadas. Ou seja, incluíam todos os gastos, de manutenção de jardins a troca de lâmpadas, de limpeza a segurança. E, é claro, os salários e benefícios tanto de funcionários como de parlamentares.

Ontem a TBrasil divulgou novo relatório, desta vez examinando apenas os dispêndios diretos com os parlamentares do Senado e da Câmara e comparando-os com o que acontece em sete países: Chile, México, Estados Unidos, Alemanha, França, Grã-Bretanha e Itália.

Os resultados são extraordinários.

Consideraram-se quatro tipos de gastos: salários dos políticos, verba de representação, viagens e contratação de “assessores” (denominação que os políticos dão a cabos eleitorais pagos com dinheiro público).

Nem todos os dados são disponíveis em todos os países.

Tomando-se os países em que é possível coletar a informação e somando os quatro componentes de custos (convertidos para real), o resultado que se obtém é o seguinte:

País Parlamentar Custos
Brasil Senador 1.618.460,00
Brasil Deputado 1.340.077,56
EUA Deputado 2.938.799,46
Chile Senador 732.689,20
Chile Deputado 595.313,60
Alemanha Deputado 859.268,23
França Deputado 769.652,66
Grã-Bretanha Deputado 756.006,12
França Senador 663.306,16

Assim, cada senador e cada deputado brasileiros custam mais, em termos absolutos, do que os correspondentes dos outros países, exceto os deputados norte-americanos.

Acontece que essa comparação não exprime o tamanho da diferença real, pois os níveis de renda desses países são bastante diferentes entre si. Se pagamos R$ 2 (digamos) por um cafezinho no Brasil, o mesmo cafezinho custará coisa como 3 euros ou mais na França, o que dá algo como R$ 9.

Isso quer dizer que, para realizar uma comparação de fato significativa, é preciso corrigir os números levando-se em conta as diferenças de renda e de custo de vida entre os países.

O número que mede a produção de riqueza de um país é o Produto Interno Bruto, ou PIB. Pode-se calcular o PIB de um país de diferentes modos. A modalidade do PIB que leva em conta as diferenças de poder aquisitivo é chamada de PPP (paridade de poder de compra).

Dividindo-se os PIBs (PPP) pelas respectivas populações, obtém-se o PIB per capita, ou por cabeça. Para o Brasil, e já convertido a real, o PIB (PPP) per capita é de R$ 19.503,84.

Ou seja, em média, cada brasileiro gera esse montante por ano. (É claro que isso é uma média. A maior parte da população brasileira não chega nem perto disso, ao passo que para o topo da pirâmide de renda o número é muito maior.)

O país com o maior PIB (PPP) per capita entre aqueles examinados são os Estados Unidos, com R$ 91.607,25.

De posse dos PIBs per capita, pode-se então fazer a comparação de quanto, em números mais próximos da realidade vivida pelas pessoas, cada parlamentar custa em termos do PIB per capita. O resultado está na tabela seguinte:

País Parlamentar PIB per capita Custo/PIB per capita
Brasil Senador 19.503,84 83
Brasil Deputado 19.503,84 68,7
EUA Deputado 91.607,25 32,1
Chile Senador 27.811,01 26,3
Chile Deputado 27.811,01 21,4
Alemanha Deputado 68.447,48 12,6
França Deputado 66.884,29 11,5
Grã-Bretanha Deputado 71.241,45 10,6
França Senador 66.884,29 9,9

Ou seja, enquanto o custo incorrido por um senador francês corresponde a 9,9 vezes o PIB per capita da França, um deputado norte-americano custa 32,1 vezes o PIB per capita dos EUA etc., um de nossos senadores custa 83 vezes o PIB per capita nacional e um deputado, 68,7 vezes.

Em outras palavras, um deputado federal brasileiro custa para o bolso do cidadão tupiniquim mais do que o dobro do que um deputado norte-americano pesa para um sobrinho de Tio Sam, 6,5 vezes mais do que um membro do Parlamento britânico pesa para os súditos de Sua Majestade Britânica etc. etc.

É ou não é espetacular?

Além de termos de aguentar esse Congresso, ainda somos obrigados a pagar muito mais do que todos os países mencionados para manter os carinhas lá.


============================================
Livros para breve: Cegante e Debaixo da Figueira do Meu Avô.

2.7.09

BABUGEM COM RAPADURA

Eram manhãs ensolaradas aquelas de novembro. Havia as nuvens, aquelas nuvens em forma de mil e uma coisas. E depois daquelas nuvens havia o azul do céu inatingivelmente belo. Lá em cima, num campo estonteantemente azul, um enorme rebanho de carneirinhos pastava tangido pelos ventos da alta atmosfera. Um rebanho inteirinho banhado pelo sol. O menino de calças curtas sentado numa pedra próximo ao canteiro de dálias e crisântemos observava o rebanho celeste com a paciência que transbordava para além do tempo da manhã.

Com um graveto fazia desenhos na areia molhada do terreiro. Chovera na noite passada. Eram pássaros, montanhas, e anjos. Temas recorrentes.

Então, com a chegada dos outros primos, ia jogar bila. Os buracos eram cavados com alguns pedaços de pau e arredondados com o giro de 360º feito pelos pequenos calcanhares. Primeiro num sentido, depois no outro.

Jogava-se apostando dinheiro de papel, “conto de papel”, como se dizia. Eram as embalagens vazias de cigarro, abertas, depois dobradas e redobradas em forma de notas que eram disputadas a peso de ouro pela garotada.

Perto dali o avô, de calças arregaçadas, chupando um pedaço de rapadura, o tronco curvado ao máximo para frente.Arrancava com seus dedos trêmulos as babugens de mamona que teimavam em nascer constantemente sempre depois de alguma chuva por toda a extensão do terreiro.

Dona Alzira ao fogão de vez em quando saía à porta da cozinha para curiar a cena. O neto já sabia que não podia andar lá pelas beiras do talhado do Pimenta. Mas ela não confiava muito nisso. Afinal ele havia puxado ao pai, teimoso de se ver.

O velho Gonçalo Charuto não tivera filhos de si com a mulher. Pois agora também o neto não lhe era de si. Mas isso não importava muito. Tinha tido mais filhos e filhas que qualquer outra pessoa de Matões. Cada criança que ia levada pela mão das mães para Gonçalo Charuto rezar tornava-se um filho seu. Dali para diante sempre que se cruzassem os pequenos lhe tomariam a benção.

O menino corria de um lado para o outro do terreiro e o velho imitava um macaco perseguindo-o por entre os pés de ceriguela, pelo canteiro de palmas e de mandacaru. De vez em quando parava para tomar ar e o moleque ficava a lhe insultar com um sonoro “nem me pega, nem me pegará”. Dona Alzira mais uma vez veio à porta do quintal e dessa vez ficou absorta contemplando a cena que se desenrolava à sua frente.

As duas pontas da vida se encontravam ali no terreiro. Um com todo a sabedoria que a vida lhe havia dado. E tudo isso, ou pelo menos, parte disso estava estampado naquelas rugas que se multiplicavam a cada ano na face do homem.

O menino cheio de sonhos só queria saber de brincar. Para ele tudo era novidade, tudo era descoberta. Tinha a teimosia do pai. Mas aqueles olhos eram os de Maria Preta. Eram olhos de um profundo mergulhar nas coisas. De outras vezes ela mesma tivera medo do olhar do filho. Foi quando ela chegou num sábado quase ao meio dia e ele a esperava defronte à casa brincando com um montinho de piçarra.

Ao vê-la a certa distância abandonou a brincadeira e saiu correndo veloz no seu rumo. De repente parou e ficou a poucos palmos dela olhando-a de uma forma que ela nunca havia sentido antes. Depois dessa vez outras se seguiram e nos últimos tempos ela vinha evitando aquele olhar dele.

Alguém bateu palmas na porta da frente. Maria Preta caiu em si.

- Já vai, já vai.

Era dona Pureza cogitando um pouco de banha de porco.



Livros para breve: Cegante e Debaixo da Figueira do Meu Avô.

E LÁ SE VÃO 15 ANOS DESSA CARICATURA!!!


Livros para breve: Cegante e Debaixo da Figueira do Meu Avô.

FLIP 2009 ABERTURA - SÓ DEU BANDEIRA

Livros para breve: Cegante e Debaixo da Figueira do Meu Avô.

VIA TER PERFORMANCE DO LIVRO EM AGOSTO NO BNB DE PEDRO II


Livros para breve: Cegante e Debaixo da Figueira do Meu Avô.

VAI ENCARAR?



Aí, otário, não me diz que o revólver não resolve.

(O bandido cuspiu as palavras em minha cara de tacho).
Livros para breve: Cegante e Debaixo da Figueira do Meu Avô.

AGORA ELE ENTENDEU !!!!!!


Livros para breve: Cegante e Debaixo da Figueira do Meu Avô.

SACRofício


Eis aí o artista:

Comam-lhe a carne,

Chupem-lhe o tutano dos ossos

Roam-lhe cartilaginosamente.



No lugar do sexo

Um sax

De onde brota verdejantemente morta

A farofa da vida.

E ele grita aos quatro ventos uma destemperança:

Verso, por que me abandonaste?



Livros para breve: Cegante e Debaixo da Figueira do Meu Avô.

MINHA MÃE, MINHA IRMÃ E EU, HÁ ALGUUUUUUUUUUUM TEMPO!!!!


Livros para breve: Cegante e Debaixo da Figueira do Meu Avô.

THE SAME OLD MAN


Livros para breve: Cegante e Debaixo da Figueira do Meu Avô.

TE AMO PARA SEMPRE !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


Livros para breve: Cegante e Debaixo da Figueira do Meu Avô.

F O T O C H A N T A G E M 01


Livros para breve: Cegante e Debaixo da Figueira do Meu Avô.

F L I P - Festa Literária de Parati - 2009

mesas literárias flip hoje
(quinta-feira, 2 de julho de 2009) às 10 h da manhã: http://www.flip.org.br/ao vivo_2009.php





Livros para breve: Cegante e Debaixo da Figueira do Meu Avô.

1.7.09

SER PENTE SER


Livros para breve: Cegante e Debaixo da Figueira do Meu Avô.

Livros para breve: Cegante e Debaixo da Figueira do Meu Avô.

SER PENTE RENTE NA ÍNGUA DA LÍNGUA BEIJO


Livros para breve: Cegante e Debaixo da Figueira do Meu Avô.

SER PENTEADAMENTE MENTE


Livros para breve: Cegante e Debaixo da Figueira do Meu Avô.

SER PENTE NO CABELO


Livros para breve: Cegante e Debaixo da Figueira do Meu Avô.

PROCURANDO UM HOMEM HONESTO NO CONGRESSO EM BRASÍLIA NA TV DE MADRUGADA


Livros para breve: Cegante e Debaixo da Figueira do Meu Avô.

SERIA CÔMICO SE NÃO FOSSE TRÁGICO


O Maranhão fica no Brasil ???!!!

Por favor, após leitura, envie para parentes e amigos para que façam o mesmo, para que muitos saibam.




- Para nascer, Maternidade Marly Sarney;


- Para morar, escolha uma das vilas: Sarney, Sarney Filho, Kiola Sarney ou, Roseana Sarney;


- Para estudar, há as seguintes opções de escolas: Sarney Neto, Roseana Sarney, Fernando Sarney, Marly Sarney e José Sarney;


- Para pesquisar, apanhe um táxi no Posto de Saúde Marly Sarney e vá até a Biblioteca José Sarney, que fica na maior universidade particular do Estado do Maranhão, que o povo jura que pertence a um tal de José Sarney;


- Para inteirar-se das notícias, leia o jornal O Estado do Maranhão, ou ligue a TV na TV Mirante, ou, se preferir ouvir rádio, sintonize as Rádios Mirante AM e FM, todas do tal José Sarney. Se estiver no interior do Estado ligue para uma das 35 emissoras de rádio ou 13 repetidoras da TV Mirante, todas do mesmo proprietário, do tal José Sarney;


- Para saber sobre as contas públicas, vá ao Tribunal de Contas Roseana Murad Sarney (recém batizado com esse nome, coisa proibida pela Constituição, lei que no Estado do Maranhão não tem nenhum valor);


- Para entrar ou sair da cidade, atravesse a Ponte José Sarney, pegue a Avenida José Sarney, vá até a Rodoviária Kiola Sarney. Lá, se quiser, pegue um ônibus caindo aos pedaços, ande algumas horas pelas 'maravilhosas' rodovias esburacadas maranhenses e aporte no município José Sarney.

Não gostou de nada disso? Então quer reclamar? Vá, então, ao Fórum José Sarney, procure a Sala de Imprensa Marly Sarney, informe-se e dirija-se à Sala de Defensoria Pública Kiola Sarney...

Seria cômico se não fosse tão triste....

Infelizmente, o texto é verdadeiro...





Livros para breve: Cegante e Debaixo da Figueira do Meu Avô.