no escuro de mim
é que me perco e me acho:
boi cego a ruminar estrelas
vida, meu jogo radical,
nem tanto ao bem,
nem tanto ao mal.
antes eu, de mim mesmo a ferida.
meu corpo, planeta profano,
em trânsito pela galáxia de humanos e máquinas.
eu (perplexo), espelho invertido, convexo
do mundo que me engasga.
meu tempo, o tempo que dura a emoção.
elemento estrábico onde leio remotas notícias de mim.
sangro dentro da noite
num monólogo mudo, terminal,
por entre zonas de sono e silêncio
onde toda verdade é mentira,
onde toda mentira é real
Nenhum comentário:
Postar um comentário