26.12.08

DEBAIXO DA FIGUEIRA DE MEU AVÔ

Um rapaz que não é o do conto do Machado, mas que também é metido a poeta e que durante algum tempo foi responsável pela edição de uma coletânea de textos de autores pedrossegundense me confidenciou uma história mantida com uma das escritoras da coletânea acerca de um texto que eu escrevera no qual dizia que o senhor Lauro Cordeiro e meu avô haviam identificado a primeira gema de opala encontrada em Pedro II. “Diga ao Ernâni para ter cuidado com o que escreve”, teria dito a senhora escritora ao rapaz. Senti-me um Galileu! “Tenha cuidado com o que você escreve, senhor Galileu, isso é muito perigoso. Olhe a Inquisição”. Isso porque sempre tive (e continuo tendo) o maior respeito pela senhora escritora. Meu texto devia ser bom mesmo, porque, do contrário, uma pessoa como ela não o leria. O que era só uma desconfiança se mostrou verdadeiro quando, em setembro de 2008 um professor da Universidade Federal de Minas Gerais, de passagem por Pedro II como participante do Projeto Rondon, deu um jeito de marcar comigo e com uns amigos um encontro num shopping local para comentar meu texto que ele conhecera ao folhear o livro no Museu da Roça .

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