25.12.08

COMO RABADA E GOSTO

Tem um programa e TV no qual um médico filho de uma puta vive dizendo pra gente o que se deve comer ou não comer. Pois não é que o porra desse médico devia era ir dar o cu, ao invés de ficar aí dando uma de menino de recado da McDonald’s! Não se vê logo, seu moço, que eu, logo eu, um cabra macho, não abro mão de uma boa rabada nem que deus do céu me pedisse diante do diabo para não. É bom, rabada é bom. Seja ela feita por Maria da Vida ou Maria d’Virgem. Mata-se a vaca, abrem-se-lhes as entranhas sagradas, da vaca, fio fino de faca afiada cortante em golpe silencioso, de palmo a palmo já, agora, a coxa roxa dependurada na azougue, na argola do cabide do açougue, no desmijo do redemoinho nu da culpa que se estatela na, agora sala, onde se defecam palavras sobre a mesa da ceia que se anseia pela rabada dada aos olhos que se fixam na alvura dos pratos dispostos sobre o silêncio demoníaco de uma mesa-cama pã abocalhada pela boca de uma moça alada alçada aos céus pelos pentelhos muito tênues do desejo de ser enrabada.

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