o eco da voz do vento
galgando o espaço largo do pensamento
quando se olha a paisagem entre olhos
de ponta a ponta desponta gritador
é olhar-te e saber-se pequeno
diante de tanta largueza verdejante
é a palha de coco que volta em sobrevôo
a camisa atirada no precipício
que voa para trás fustigada pelas correntes de ar
gritador, espalhamento da borda do abismo
abissal dromedário de pedra
estabelecido no silêncio da paisagem desde idades imemoriais
gritador, senhor da paisagem que se derrama sobre nossos olhos
saído das entranhas da terra num passe de quase espanto
quando o mineral e o vegetal dialogam silentes
enquanto humanas almas simplesmente se encantam
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