9.6.10

VISITAS NA TENDA DA CRUVIANA



Recebemos na tenda a visita do Dr. Stanislaw Kubeka, prontamente retratado por nosso desenhista. O amigo do Dr. Kubeka, Herr Zigrefild, me entregou as Lendas da Cidade de Pedro II vertidas para o alemão. Vejam como ficou em alemão a Sereia do Pirapora:


Die Pirapora-Nixe   
  
Vor vielen, vielen Jahren, bevor Pedro II gegründet wurde lebte in der Nähe des Ortes der heute als Auge des Wassers von Piaporoa bekannt ist ein Ehepaar mit seiner einzigen Tochter.  
Sie war mit ihren sechzehn Jahren ein sehr schönes Mädchen und besaß einen ernormen schwarzen Haarwuchs. Helena  ging für gewöhnlich jeden Tag hinunter nach Pirapora zum Wasserfall, der den einheimischen auch als Pinga bekannt ist und hier einen kleinen See bildet.

Am bewussten Tag, wie gewöhnlich, beabsichtigten seine Eltern das Haus zu verlassen um Verwandte die nicht allzu weit wohnten zu besuchen. Ob wohl die Mutter darauf bestand, dass die Tochter sich an diesem Besuch beteiligte, sagte diese, dass sie es bevorzuge nur dieses mal zu Hause zu bleiben. Die Mutter entsprach der Bitte der Tochter, da diese ein gutes Mädchen war. Allerdings sollte sie an diesem Tag nicht das Wasser von Pinga aufsuchen, denn es sei Karfreitag und keiner arbeite.

Helena indessen gehorchte zum ersten Mal nicht ihrer Mutter. Kaum das die Eltern im Wäldchen, verschwand sie in Richtung Pirapora. Nach dem Verriegeln der Haustür, nahm sie ein cujuba*) an sich um diese mit Wasser zu füllen.

Selbige Region hatte eine dichte und grüne Vegetation, mit dicht belaubten und sehr hohen Bäumen. Helena hatte ihrer Mutter verschwiegen dass sie eines Tages einen wunderschönen Vogel auf einem Stein am Rand des Baches sah. Das Bild des Vogels und der  betörende Klang seines Gesanges ging ihr nicht mehr als dem Gedächtnis. Die Art in welcher sie an nichts anderes mehr denken konnte als an die schöne Figur welche sie beflügelte.

Nach dem sie am Rand des sich dahin schlängelnden Baches der hier aus dem See von Pinga           heraus fließt angekommen, ließ sie sich auf die Steine nieder und bewunderte die Schönheit des Platzes.

Der Wasserspiegel suggerierte den Einfall von myriaden von Farben und da war der gefiederte Vogel welcher so schön sang wie noch nie in der Vergangenheit. Verzaubert entkleidete sich das Mädchen schnell und tauchte in der Absicht gefangen das es schön wäre einen halb untergetauchten Stein von der anderen Seite des Baches nach Hause zu bringen.
Doch unglücklicherweise rutschte sie, aufgeregt wie sie war aus und schlug mit dem Kopf  auf einen Stein auf und verlor das Bewusstsein. Helena starb durch Ertrinken ohne zu wissen, dass ihr Vogel den sie am Rand des Sees zu fangen versuchte in Wahrheit eine Reflexion auf der Oberfläche des Wassers war.

Nach der Rückkehr der Eltern stellten diese das Fehlen von Helena fest. Mit einigen Personen der Umgebung suchten sie die Nacht hindurch ohne sie zu finden. Die Mutter von Helena verlor über den Verlust der einzigen Tochter den Verstand. Die Zeit ging dahin. Die Eltern Helenas starben unglücklich. Die Leute kommentierten das Geschehen.

Aber heute in Vollmondnächten, wenn die Sterne über der Felswand von Pirapora stehen beschwören manche sie hörten ein klagendes Lied als Echo von der Felswand von Pinga bis es sich im Fels der Einfassung verliert. Die Personen, die den  Gesang hören sagen sie könnten klar unterscheiden zwischen der Stimme des Mädchens und eines Vogels. Die Bewohner des Ortes Pirapora indessen glauben das Helena und ihr Vogel sind letztendlich zusammen und glücklich in der Ewigkeit.

Andere Personen bezeugen in Vollmondnächten gelänge es ihnen im Wald von Pirapora eine schöne Nixe über den Steinplatten des Randes des Baches wo das Wasser dahinfliest mit einem Vogel auf der Schulter zu sehen.

*) Ausgehöhlter Kürbis 
  



A sereia de pirapora

Há muitos e muitos anos, antes da cidade de Pedro II ter sido fundada, nas proximidades do que hoje é o olho d`água do Piapora moravam casal que tinha apenas uma filha. Era uma moca muito bonita, no esplender dos seus dezesseis anos, Helena possuía uma enorme cabeleira preta. Helena costumava buscar água todos os dias lá embaixo no Pirapora num lugarzinho conhecido como Pinga, onde o cair d`água formava um pequeno poço.

Um certo dia, como de costume, seus Pais tiveram que sair à tardinha para visitar uns parentes que moravam meio longe, e embora a mãe insistisse para que ela os acompanhasse naquele visita, ela disse que preferiria ficar em casa, só daquela vez. A mãe atendeu ao pedido da filha, que era uma boa menina. Porém, pediu que naquele dia ela não fosse buscar água no Pinga, pois era uma Sexta-feira santa e nesse dia ninguém trabalhava.

Helena, no entanto, pela primeira vez desobedeceu sua mãe. Tão logo os pais dobraram o arvoredo, ela seguiu direto rumo ao Pirapora. Depois de trancar a porta da casa, saiu levando consigo um cujuba para trazer cheia de água.

Aquela região tinha uma vegetação muito verde e densa, com árvores frondosas e muito altas. O que Helena havia escondido de sua mãe é que há dias avistara um lindo pássara  pousado em uma pedra na beira na riachinho. A imagem do pássaro e o som inebriante de seu dolente canto não lhe saíam mais da memória, de modo que ela não conseguia pensar em outra coisa que não fosse na bela figura daquele ser alado.
                                   
Chegando á beira do poço que se formava a partir do filete de água que escorria desde o Pinga, a menina sentou-se em uma das pedras e ficou admirando a beleza do lugar.

De repente um miríade de cores surgiu no espelho d`água. Era o pássaro emplumado, cantando como nunca fizera antes. Encantada, a menina despiu-se rapidamente e mergulhou no intuito de capturar o belo ser pousado numa pedra semi-submergida n´água do outro lado riacho.

Mas por azar ao pisar por entre as grotas revoltas, escorregou e bateu com a cabeça numa pedra e perdeu os sentidos. Helena morreu afogada sem saber que o seu pássaro na verdade pousara no galho de uma das árvores que ficava na beira do poço e que o que ela tentara pegar era apenas a imagem dele refletida na superfície da água.

Ao chegarem do passeio os pais de Helena deram por sua falta e com mais algumas pessoas da redondeza passaram a noite toda procurando pela moça, mas nada encontraram. A mãe de Helena enlouqueceu devido à perda de sua única filha. O tempo passou. Os pais de Helena morreram de desgosto. As pessoas sempre comentavam o ocorrido.

Mas hoje em noite de lua cheia, quando o astro aparece por sobre o paredão do Pirapora há quem jure ouvir um canto plangente que ecoa por todo a muralha do Pinga até sumir lá para as bandas da barra. As pessoas que já ouviram o canto dizem que dá para se distinguir nitidamente a voz de uma menina e o chilrear de um pássaro. Os moradores das bandas do Pirapora, então, acreditam que Helena e seu pássaro estão finalmente juntos e felizes na eternidade.

As pessoas juram que em noite de luar, quem for espiar o Pirapora de dentro do mato consegue ver uma dela sereia sentada sobre o lajedo à beira do riachinho por onde escoa uma água rendada, com um pássaro pousado no ombro.           



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