7.2.09

O PROBLEMA DO PIRAPORA É MAIS COMPLEXO




Em primeiro lugar gostaria de dizer que "complexo" aqui significa apenas que há vários fatores influindo no problema. Não usamos essa palavra como sinônimo de "complicado".

Assim é que até agora temos pensado a questão do Pirapora de forma local, isto é temos pensado o olho de água em si mesmo, quando, na verdade, o Pirapora pode ser pensando desde as grotas da Serra dos Matões.

Ora, como essas grotas têm sido dizimadas, como não se respeita a Lei Ambiental de matas ciliares, como se deteriorou a Barragem de seu Lauro Cordeiro e, sobretudo, como se continua construindo às margens da ponte (no momento, inclusive), a questão do Pirapora torna-se uma cadeia de eventos relacionados entre si (daí a complexidade do problema).

Some-se a isso tudo a construção dos sobradinhos e o ponto de adoração da santa (Serra dos Matões). O primeiro vai provocar, dentre outras coisas, contaminação por fezes do lençol subterrâneo no longo prazo, o segundo depreda a natureza pelo excesso de parafina (das velas) além do papel das caixas jogados ao leo.

Não estamos aqui criticando o direito ao lazer ou de fé religiosa de ninguém, mas em pleno século 21 expressar seu amor por Deus é, sobretudo, manter sua obra (a Natureza) viva e em bom estado.

Muitos são os que, como eu, têm abordado a questão do Pirapora. Acho que é chegada a hora de avançarmos e partirmos para ações concretas, efetivas. Estamos aberto a idéias.

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