enfiaram o poeta no Meduna
varreram sua poesia para o ralo
viraram sua poesia pelo avesso
mas é do avesso
que o verso do poeta poetiza
e mina e poreja
sobre o brejo das almas
socaram o pobre do poeta no Meduna
mas sua poesia, medusa,
ainda faz meia dúzia de estragos
em meio a eletrochoques e esparadrapos
puseram gaze nos olhos do poeta
despoetizaram sua alma
mas a alma do poeta, mesmo lama,
ainda clama por alguma poesia que seja
isso enseja outros traumas
na teia etérea do poeta
filigramas de sua poesia
e a lua alta, garbosa e bela
não se coaduna com a cela
em cujo chão imundo se estatela
o poeta metido imundo no Meduna
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