Do total de 57,5 milhões de domicílios existentes no Brasil em 2008, 24,7 milhões (43%) eram inadequados. A constatação é do IBGE, que divulgou ontem a quarta edição da pesquisa Indicadores de Desenvolvimento Sustentável. De acordo com a pesquisadora Denise Penna Kronemberger, do IBGE, a inexistência de um sistema de esgotamento adequado foi o problema mais comum, atingindo 26,8% dos domicílios brasileiros.
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O estudo aborda, em 55 indicadores, os principais aspectos ligados às esferas social, ambiental e econômica. Na pesquisa, foram classificados como adequados apenas os domicílios com serviço de coleta de lixo, abastecimento de água por rede geral, esgotamento sanitário por rede coletora ou fossa séptica e no máximo dois moradores por quarto --não foi avaliada a regularidade da propriedade.
Em seguida do sistema de esgotamento vieram a presença de mais de dois moradores por dormitório (17,6% dos domicílios) e a ausência dos serviços de abastecimento de água (16,1%) e de coleta de lixo (12,1%). Muitas vezes, um único domicílio apresentou mais de um problema.
Para o coordenador do Laboratório de Habitação da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Mauro Santos, o dado não surpreende. "O Brasil tem uma situação de muita precariedade na habitação", diz. "Nem mesmo questões básicas, como água, esgoto e lixo, estão resolvidas."
Ele diz acreditar que, se a pesquisa levasse em consideração outros aspectos importantes para a qualidade da habitação, o resultado seria ainda pior. Como exemplo, cita a existência de janelas e a área média dos cômodos. "São dados muito importantes, que têm impactos diretos sobre a saúde física e mental das pessoas.
Muitas áreas populares com alta densidade e condições precárias de iluminação e ventilação têm altos índices de doenças respiratórias e tuberculose.
A concentração de muitas pessoas em um local pequeno também pode gerar situações de estresse e de violência doméstica", diz.
Ao longo dos anos, a situação tem melhorado. Em 1992, primeiro dado da série histórica, os domicílios inadequados eram 63,2% do total.
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